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Foto: Mateus Lotif.

Fortaleza segue com dificuldades para lidar com ausência de sócios-torcedores após realização de check-ins; entenda

A discussão sobre o maior time do Nordeste é motivo de longos debates e questionamentos por parte de torcedores do Fortaleza, Sport, Bahia e Ceará, principalmente, mas todos os demais clubes da região e suas respectivas torcidas sempre possuem algo a falar sobre o assunto. Entre os principais argumentos, o número de sócios-torcedores é tema de frequente disputa não apenas no futebol cearense, mas em todo o Brasil.

À frente do Fortaleza, apenas o Bahia possui um número superior de associados entre os principais clubes do futebol nordestino. Apesar do momento conturbado vivido pelo clube em 2023, o Esquadrão já bateu a meta de 50 mil sócios e segue no topo do quesito entre os gigantes do Nordeste. No entanto, o programa de sócios-torcedores promovido pelo Leão enfrenta problemas não somente nos serviços oferecido aos adeptos do clube, mas também com uma significativa “quebra de check-ins” desde o início da temporada, principalmente quando o Tricolor joga na condição de mandante no Estádio Presidente Vargas.

No duelo entre Fortaleza e Coritiba disputado no PV, enquanto a Arena Castelão passava pelo processo de manutenção de seu gramado, o Leão havia anunciado que todos os ingressos disponíveis estavam esgotados por conta dos check-ins prioritários dos sócios do clube, mas 5.455 torcedores deixaram de comparecer ao estádio mesmo depois de confirmar presença. A situação tem se repetido com frequência, obrigando a diretoria tricolor a encontrar soluções para o problema, como revelou Marcel Pinheiro, Diretor de Marketing, em entrevista exclusiva ao Jornal O POVO.

“Existem formas de bonificar aquele torcedor que vai ao estádio, e essa é uma possibilidade estudada. A outra é que o sujeito pague para fazer o check-in, mas que ele possa consumir o valor pago pelo check-in no estádio. O cartão do sócio é um cartão de consumo, então ele pode colocar crédito no cartão e ir direto nas filas especiais dos bares. Vamos supor que ele gaste cinco reais para fazer o check-in. Então que ele possa consumir os cinco reais no estádio. Se ele não for, ele já pensa duas vezes antes de fazer o check-in. Se ele for, esse valor não vai pesar porque fatalmente ele vai consumir cinco reais no estádio, pelo menos”, revelou Marcel Pinheiro.

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Leão segue trabalhando para solucionar a “quebra de check-ins”. Foto: Thiago Gadelha.

FORTALEZA BUSCA CHEGAR AOS 50 MIL SÓCIOS

Independente das últimas campanhas promovidas pela diretoria do Fortaleza, o clube ainda não conseguiu chegar à marca de 45 mil sócios. Atualmente, o Gigante do Pici ainda necessita de novas alternativas para adesões e maior efetividade de seu programa se quiser se reaproximar do Bahia, seu grande rival nordestino na Série A do Campeonato Brasileiro e líder no quesito entre todas as equipes do futebol nordestino.

“Saltamos de 7 mil sócios no início de minha gestão, no final de 2017, para os cerca de 42 mil atuais, e nosso objetivo é chegar aos 50 mil ainda em 2023. Temos realizado diversas ações junto aos nossos sócios para cada vez mais incentivar a adesão ao programa. Além disso, esse ativo também pode ser utilizado na busca por reforços e na melhoria do departamento de futebol”, declarou o Presidente Marcelo Paz em entrevista realizada em agosto.

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Marcelo Paz revelou que a meta do Leão para o programa de sócios-torcedores é de 50 mil associados. Foto: Reprodução/ASCOM Fortaleza EC.