Após criação da SAF do Fortaleza, saiba quais os próximos passos do novo projeto do clube

Após a conclusão do processo democrático de votação entre sócios aptos a definir a aprovação do projeto, no último sábado, 22, o Fortaleza se tornou oficialmente a mais nova Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do futebol brasileiro. 95,14% dos torcedores participantes que estiveram presentes no Centro de Excelência Alcides Santos se mostraram a favor da alteração do modelo de gestão do Tricolor do Pici.

Com a aprovação da SAF do Fortaleza, o clube agora tem o objetivo de intensificar o processo dos novos registros referentes ao novo modelo de gestão. A expectativa é que tudo seja concretizado até o final de 2023 e o Leão já analisa a possibilidade de oferecer até 10% das ações aos seus sócios-torcedores, uma iniciativa inédita que visa uma capitalização interna e “caseira”. O nova era do Tricolor do Pici foi avaliada positivamente pelo Conselho Deliberativo e associados: dos 1256 votos, 1195 torcedores se mostraram à favor, enquanto 57 foram contra, além de um voto em branco contabilizado.

“A nossa maior diferença é a aprovação de um processo que não teve venda de ações, já que a criação não é para pagar dívidas, mas sim ter um modelo de gestão mais moderno, com acesso à crédito no mercado, melhores práticas de governança e aberto para que possa receber algum tipo de investimento minoritário. Temos conversado com pessoas de alto nível na Bolsa de Valores, que olham primeiro o futebol como um mercado para se abrir capital, e veem o Fortaleza como time que tem esse potencial”, declarou o CEO não-oficial do Fortaleza.

A NOVA ERA DO FORTALEZA

O Leão compreende que a adoção da SAF como modelo vigente seria fundamental para ampliar ainda mais a competitividade do clube diante de seus rivais da elite do futebol nacional. Caso venha se concretizar, outros percentuais podem ser negociados no futuro, mas dependem dos resultados da primeira experiência.

No Fortaleza, a SAF será diferente dos projetos de Botafogo, Bahia, Vasco e Cruzeiro, que passaram a ter “donos”, ou sócios majoritários com oferta de orçamentos maiores ou quitação de dívidas. As decisões executivas e o controle serão mantidos dentro da instituição e tem como referência a gestão do Bayern de Munique-ALE, um dos principais clubes do mundo.