OPINIÃO: O assalto ao Fortaleza na Neo Química Arena

Precisamos falar sobre o assalto realizado contra o Fortaleza na Neo Química Arena mas, antes de mais nada, gostaria de esclarecer que este que vos escreve argumentará neste texto livre de qualquer tipo de clubismo, rancor ou frustração. O motivo? Não é nada de novo sob o Sol ou, no caso do jogo disputado pela Sul-Americana, a Lua: quando se entra em campo diante dos chamados “gigantes” do futebol brasileiro, em seus domínios, principalmente, os times “fora do eixo” não podem esperar nada de diferente.

Em São Paulo, o Fortaleza encarou a equipe do Corinthians no mais alto nível técnico e de intensidade. O Leão de Juan Pablo Vojvoda não se intimidou diante da Fiel e poderia, inclusive, ter retornado à capital cearense com a vantagem no placar agregado mesmo que a partida tenha sido marcado por bastante equilíbrio. Para além do bom futebol do Tricolor do Pici, é preciso, também, expor a grande fragilidade de uma arbitragem de semifinal de Copa Sul-Americana. Além da anulação equivocada em campo do gol de Zé Welison, corrigida posteriormente pelo VAR, dois pênaltis não foram marcados à favor do clube nordestino.

Sem vitismo, “choro” ou apelação: os lances de Gil e Fábio Santos em Bruno Pacheco e Marinho, respectivamente, são pênaltis claros. Chega a ser surpreendente o nível de favorecimento ou argumentos que muitos vêm utilizando para negar os fatos. Os dois jogadores do Fortaleza têm o domínio da bola nas situações e, independente de valorização, são atingidos por “chegadas atrasadas” dos defensores do Corinthians na bola. Aliás, nem na bola, já que os camisas 6 e 12 do Leão foram atropelados pelos jogadores do clube paulista. Para aumentar ainda mais a polêmica, o árbitro nem sequer foi convocado ao monitor para reavaliar as jogadas…

Este é mais um exemplo da realidade do futebol brasileiro. Acredito que não deve ser surpresa para ninguém que se ambos os lances fossem à favor do Corinthians ou de qualquer outro time do chamado “eixo”, as penalidades certamente seriam assinaladas. É como o jornalista André Rizek afirmou: “se houver justiça no futebol, o Fortaleza passa pelo Corinthians”. Ainda restam 90 minutos a serem disputados na Arena Castelão, no entanto, o Tricolor de Aço está muito próximo de fazer história.

ÚLTIMA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS DO FORTALEZA

Com a contratação de Imanol Machuca junto ao Unión Santa Fé, o Leão garantiu o seu quinto reforço na atual janela de transferências. O argentino se junto ao atacante Marinho, ex-Flamengo, o lateral-esquerdo Escobar, ex-UD Ibiza, da Espanha, o zagueiro Tobias Figueiredo, ex-Hull City, da Inglaterra, e o volante Pedro Augusto, ex-Tondela, de Portugal.

Os cinco novos jogadores do Fortaleza para a disputa do mata-mata da Copa Sul-Americana e sequência da Série A do Campeonato Brasileiro são considerados “oportunidades de mercado” e “reforços pontuais” para o elenco de atletas à disposição da comissão técnica de “El Jefe” Juan Pablo Vojvoda.