Após o fim da votação de sócios-proprietários e sócios-torcedores aptos a definiram a aprovação do projeto, neste sábado, 22, o Fortaleza se tornou oficialmente a mais nova Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do futebol brasileiro. 95,14% dos torcedores participantes que estiveram presentes no Centro de Excelência Alcides Santos se mostraram a favor da alteração do modelo de gestão do Tricolor do Pici.
No total, 1256 sócios votaram em um dos processos mais importantes da história do Fortaleza. A Assembleia Geral Extraordinária que definiu a implementação da SAF como modelo base de gestão do clube teve início às 8h30 e se encerrou às 15h30 com número recorde de participações. Apenas 57 votos (4%) foram contrários, além de um torcedor que votou em branco e três em nulo.
Inicialmente, o Fortaleza não irá vender nenhuma de suas ações. A criação da SAF mira a possibilidade realização de empréstimos maiores e a competitividade com os principais investimentos do futebol nacional. Todas as decisões relacionadas ao futebol do clube passam a ser responsabilidade da direção da Sociedade, que deve ter sua organização hierárquica oficial revelada em breve.
No Fortaleza, a SAF seria diferente dos projetos de Botafogo, Bahia, Vasco e Cruzeiro, que passaram a ter “donos”, ou sócios majoritários com oferta de orçamentos maiores ou quitação de dívidas. As decisões executivas e o controle serão mantidos dentro da instituição e tem como referência a gestão do Bayern de Munique-ALE, um dos principais clubes do mundo.

SAF NO FORTALEZA
O Leão compreende que a adoção da SAF como modelo vigente seria fundamental para ampliar ainda mais a competitividade do clube diante de seus rivais da elite do futebol nacional. Caso venha se concretizar, outros percentuais podem ser negociados no futuro, mas dependem dos resultados da primeira experiência. O Presidente do Tricolor do Pici, Marcelo Paz, revelou detalhes sobre o projeto.
“O Fortaleza não tem intenção de vender controle, zero intenção. Mas o Fortaleza acha sim que pode virar uma SAF com controle de 100% das ações. Nós já tivemos sinalizações muito reais. No Fortaleza tem espaço para investimento minoritário, como existe, por exemplo, na Alemanha. O Bayern de Munique é um clube que 25% das suas ações são de empresas e os outros 75% ficam sob controle do clube”, declarou o mandatário do Fortaleza.

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