No último sábado (02/09), o Fortaleza perdeu, nos pênaltis, o título do Campeonato Cearense Sub-20 para o Ceará. Um evento nada absurdo, mas que se torna problemático quando considerado o quadro dos últimos anos: o Tricolor não levanta a taça do estadual da categoria mais próxima do profissional desde 2017. Afinal, o que está acontecendo com as categorias de base do Fortaleza?
Apesar da seca recente de títulos, o Leão do Pici segue defendendo a posição de ser o maior campeão Sub-20 no estado, com 9 títulos conquistados. Desse modo, observa-se que essa é uma questão referente às últimas temporadas, não à nossa história como um todo.
Nesse contexto, é justo ressaltar que a diretoria atual tem feitos investimentos consideráveis na base. No final do ano passado, foi contratado o treinador Leandro Zago, um comandante de peso para uma equipe de base, visto que já tinha estofo por ter treinado times profissionais de Séries C e D. Infelizmente, o técnico saiu do clube durante o ano para assumir o profissional da Portuguesa. Outra aquisição relevante foi o aquisitivo Agnello Gonçalves, profissional qualificado e com passagem por diretorias de futebol de equipes do sul, como Avaí e Joinville.
Se o cerne do problema não é a parte financeira, o que seria? Na minha percepção, falta identidade. Os atletas da base do Fortaleza, em sua maioria, são captações de times de fora do estado. Jogadores contratados, como os profissionais são. Isso pode agregar qualidade, mas perde na construção de identidade que um garoto cearense tem com o Tricolor de Aço.
De qualquer maneira, é muito importante observar que investir em base é como investir em educação: os frutos levam anos para começarem a ser colhidos. Por isso, tenham paciência e tranquilidade para viver esses processos.
ÚLTIMA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS DO FORTALEZA
Com a contratação de Imanol Machuca junto ao Unión Santa Fé, o Leão garantiu o seu quinto reforço na atual janela de transferências. O argentino se junto ao atacante Marinho, ex-Flamengo, o lateral-esquerdo Escobar, ex-UD Ibiza, da Espanha, o zagueiro Tobias Figueiredo, ex-Hull City, da Inglaterra, e o volante Pedro Augusto, ex-Tondela, de Portugal.
Os cinco novos jogadores do Fortaleza para a disputa do mata-mata da Copa Sul-Americana e sequência da Série A do Campeonato Brasileiro são considerados “oportunidades de mercado” e “reforços pontuais” para o elenco de atletas à disposição da comissão técnica de “El Jefe” Juan Pablo Vojvoda.
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