Em entrevista especial, Tinga revela bastidores do Fortaleza de Ceni: “Melhor coisa que aconteceu”

Foto: Julio Caesar.

Ainda em tratamento de sua lesão muscular, Tinga, um dos grandes ídolos da história recente do Fortaleza, concedeu entrevista especial e exclusiva para o Laioncast, novo projeto da TV Leão, o canal oficial do clube no YouTube. Entre os diversos assuntos pautados no descontraído bate-papo, o lateral-direito falou sobre seu retorno ao Pici, em 2018, e revelou bastidores do período em que o Tricolor de Aço estava sob o comando técnico de Rogério Ceni.

“Passaram meu nome para o Rogério e ele (disse): ‘Não quero. Não conheço o jogador, não sei como ele joga e acho que a gente não pode pagar isso pra ele, porque eu preciso de um jogador com esse salário do meio pra frente.’ Nos primeiros dias, o Rogério já viu como eu trabalhava. Veio o primeiro jogo, eu joguei. Aí o Rogério (disse): ‘Agradece muito aquele cara ali (Marcelo Paz)’. Dali em diante, o Rogério foi um dos caras que mais me ajudaram fora e dentro de campo. A gente sentia muita pressão de trabalhar com ele, mas foi a melhor coisa que aconteceu. No jogo, parecia fácil, acontecia tudo que ele falava”, revelou o camisa 2 do Fortaleza.

Capitão do Fortaleza, Tinga está entre os melhores de sua posição na atual edição da Série A do Campeonato Brasileiro. Apesar das frequentes críticas da torcida tricolor, o defensor se tornou o único representante do clube do Pici na seleção do Prêmio ESPN Bola de Prata 2023. Após 13 rodadas disputadas na elite do futebol nacional, o desempenho do jogador de 29 anos garantiu seu lugar entres os principais laterais-direitos do país. Titular absoluto da equipe comandada por “El Jefe” Juan Pablo Vojvoda, Tinga está à frente de laterais renomados do futebol brasileiro como Fagner, Marcos Rocha e Mariano.

Rogério Ceni e Tinga. Foto: Thiago Gadelha/SVM.

RETORNO AO FORTALEZA EM 2018

Tinga chegou a encaminhar sua saída do Leão para o Bahia, após 2015, e retornou ao Pici apenas três anos depois, quando o Fortaleza já havia conquistado o tão aguardado acesso para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. O jogador de 29 anos contou detalhes de como ocorreu seu retorno ao clube enquanto estava sem espaço no Esquadrão.

“Estava vendo como estava minha situação no Bahia. Tinha mais dois anos de contrato e os caras não iam me usar. Liguei para o Marcelo Paz. Na época, ele estava (cumprindo a função) de diretor ainda (mas estava prestes a assumir a presidência). E eu falei: ‘Presidente, estou livre. O que a gente pode fazer… Estou disponível.’ O presidente falou: ‘Vamos dar um jeito’.”, detalhou Tinga.

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Tinga é um dos maiores ídolos da história recente do Leão. Foto: Karim Georges.