Saio do tradicional racha entre amigos e, antes de ir embora, o assunto é apenas um: “Quem ganha o clássico?”. Abro o Twitter e vejo torcedores de Fortaleza e Ceará postando o bom, velho e empolgante clichê: “Hoje é guerra!”. Até aí, tudo normal. No racha e Twitter, todo mundo gosta de futebol tanto quanto eu.
No entanto, ao chegar no trabalho, surgem pessoas me questionando se pretendo ir ao Clássico-Rei e acabo percebendo que aquelas pessoas muito provavelmente não sabem sequer o nome de cinco jogadores dos dois principais times do estado.
E, no final das contas, é irrelevante o nível de conhecimento de cada um. O interesse mostra que hoje nada mais importa, se choveu ou fez Sol, ou até mesmo se o representante brasileiro no Mundial de Clubes fracassou ou não. Hoje é dia em que a cidade se divide e toda atenção é voltada para o Estádio Presidente Vargas. Já dizia Milton Neves que o futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes. Naturalmente, nos dias de jogos entre Fortaleza e Ceará, nada além disso importa.
Dentro de campo, o foco deve ser totalmente o futebol. Para o Fortaleza, essa partida pode ser um divisor de águas, já que pode, inclusive, influenciar como as coisas vão se desenrolar para o jogo de ida da Libertadores, marcado para o dia 22 de fevereiro. A “Final de Copa do Mundo Alencarina” exige atenção, raça e entrega muito acima das apresentações deste começo de temporada. Esta é a verdadeira “prova de fogo” do elenco de jogadores do Leão para 2023.
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