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Jornalista detalha estratégia do Fortaleza no mercado

Presidente do Fortaleza homenageou Osvaldo

Pela terceira temporada consecutiva na elite do futebol brasileiro, o Fortaleza adotou postura mais arrojada na formação do elenco e passou a valorizar mais uma visão de longo prazo no departamento de futebol. Em negociações de aquisição e renovação de jogadores, o clube do Pici usa contratos de maior duração como atrativo, enquanto tenta minimizar a presença de atletas emprestados, à exceção de oportunidades de mercado.

O grupo comandado por Juan Pablo Vojvoda conta com 29 peças: três goleiros, quatro laterais, três zagueiros, seis volantes, quatro meias e nove atacantes. Destes, 16 têm vínculo ao menos até o fim de 2022. Dos 13 jogadores com contrato se encerrando ao final da atual temporada, cinco são emprestados, dos quais três interessam ao clube para uma negociação em definitivo — o volante Matheus Jussa tem situação mais encaminhada.

O camisa 16, que pertence ao Oeste-SP, tem opção de compra fixada em R$ 1 milhão e deve ser adquirido — o Leão já pagou R$ 150 mil pelo empréstimo e precisaria desembolsar mais R$ 850 mil. Os outros dois na mira são o também volante Éderson, do Corinthians-SP, e o zagueiro Marcelo Benevenuto, do Botafogo-RJ, que envolvem cifras maiores e operações mais complexas. A lista de emprestados é completada por Daniel Guedes, que é do Santos-SP, e Gustavo Blanco, do Atlético-MG, que não estão nos planos para 2022.

À exceção do quinteto, todos os outros reforços para a atual temporada já firmaram contratos, no mínimo, até o final do próximo ano, casos do zagueiro Titi, dos meias Yago Pikachu e Lucas Crispim e do atacante Ángelo HenríquezRobson fechou acordo até 2023, enquanto Edinho e Depietri estão vinculados ao clube até o fim de 2024.

O período maior dos acertos têm peso importante nas negociações. O atacante Robson, por exemplo, recebeu proposta de clubes como Bahia, Sport-PE, Cuiabá-MT e Botafogo-RJ, mas optou pelo Tricolor. O jovem argentino Depietri tinha sondagens de equipes dos Estados Unidos e fechou com o Fortaleza. Titi e Pikachu também tiveram eram avaliados por rivais antes de concretizarem a mudança para o Pici.

A estratégia também serve para resguardar o clube no mercado da bola em caso de ofertas. Os vínculos de maior duração dão segurança os atletas e permitem valores mais altos de multa rescisórias, o que gera retorno financeiro ao Fortaleza nas vendas.