Apesar da última janela de transferências ter chegado ao fim, o Fortaleza segue trabalhando nos bastidores para encaminhar novas contratações que cheguem ao Pici em julho para reforçar o o Leão na disputa da Copa Sul-Americana e Série A do Campeonato Brasileiro. Após receber uma proposta formal do Cruz Azul pela transferência de Moisés, o Tricolor de Aço não perdeu tempo e já intensificou a busca por alternativas no mercado para repor um dos principais jogadores da equipe comandada por Juan Pablo Vojvoda.
De acordo com informações do jornalista João Paulo Capellanes, no Jogo Aberto, o Fortaleza deseja contar com o futebol de Marinho ainda em 2023, mesmo diante da concorrência do São Paulo de Dorival Júnior pelo atacante. Segundo a apuração, o principal obstáculo seria o alto salário do “ex-Rei da América”, que gira em torno de 750 a 800 mil reais. A expectativa é que o Leão possa atrair o jogador pela questão financeira, já que o Soberano segue acumulando dívidas.
Em baixa no Rubro-Negro desde que acertou sua transferência para o time do Rio de Janeiro, Marinho não conseguiu se firmar como titular e vinha acumulando cada vez menos minutos em campo na temporada, independente de quem fosse o treinador no comando. Nos últimos dias, o Flamengo anunciou de forma oficial que o jogador foi multado e não irá mais treinar junto com o elenco principal por tempo indeterminado após uma discussão interna com membro da comissão técnica de Jorge Sampaoli. O atleta e seus representantes seguem analisando um novo destino para sua carreira e o Fortaleza surge como uma das principais opções.

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Apesar de não ser o caso do Fortaleza, nos últimos anos, tornou-se comum o termo “SAF” no futebol brasileiro. Para alguns grandes clubes do cenário nacional, a adoção deste modelo de gestão baseado em investimentos de Sociedade Anônima do Futebol surgiu como uma forma de arcar com dívidas e elevar seus orçamentos. No entanto, a equipe de gestão do Fortaleza planeja desenvolver um modelo inédito de SAF no futebol brasileiro: sem dívidas, a gestão de Marcelo Paz deseja manter o controle do clube.
O Fortaleza compreende que a adoção da SAF como modelo vigente seria fundamental para ampliar ainda mais a competitividade do clube diante de seus rivais da elite do futebol nacional. Caso venha se concretizar, outros percentuais podem ser negociados no futuro, mas dependem dos resultados da primeira experiência. O projeto consiste numa possível venda de, no máximo, 15% das ações do clube e surgiria como uma proposta moderna e inovadora. O Leão já recebeu propostas do exterior e os números chegaram a cerca de R$ 50 milhões pelo percentual à venda.
“O modelo que a gente estudou é o do Bayern de Munique. É uma referência, pois o modelo do Bayern tem 75% de cotas na associação, e os outros 25% são divididos em três empresas. Então a gente viu esse modelo e nós nos aprofundamos”, detalhou Arthur Lidio, Diretor Administrativo do Fortaleza.
No Fortaleza, a SAF seria diferente dos projetos de Bahia, Vasco e Cruzeiro, que passaram a ter ‘donos’, ou sócios majoritários com oferta de orçamentos maiores ou quitação de dívidas. Contudo, para ser implementado, é preciso de uma decisão unânime em votação realizada entre sócios do clube. Até então, este modelo é apenas uma possibilidade a ser avaliada pela Diretoria Executiva do Tricolor de Aço, mas é bastante provável que o clube do Pici busque novos investimentos externos para competir cada vez mais com os principais times do Brasil.

VOCÊ VIU? Próximo adversário do Fortaleza, Palmeiras mantém sequência impressionante contra rivais brasileiros desde 2022
O Fortaleza entra em campo na noite da próxima quarta-feira, 31, às 19h (horário de Brasília) pelo jogo que decide o duelo de 180 minutos contra o Palmeiras de Abel Ferreira, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2023. Diante de seu torcedor, na Arena Castelão, o Tricolor de Aço terá que superar um dos maiores desafios de toda a temporada após ter sido superado pelo Verdão pelo placar 3 a 0 na partida de ida.
O próximo adversário do Fortaleza na competição mais “democrática” do futebol brasileiro, o Palmeiras, não sabe o que é ser derrotado por três gols ou mais desde a última temporada. O último revés da equipe comandada pelo técnico português foi para o Internacional, no Beira Rio, quando perdeu por 3 a 0 no Rio Grande do Sul. O Leão de Vojvoda terá que correr em dobro se quiser empatar e levar a decisão para os pênaltis.
Em toda a história, Fortaleza e Palmeiras se enfrentaram em 20 partidas oficiais. Em um confronto marcado por bastante equilíbrio entre os clubes, o Verdão é o maior vencedor: são nove vitórias sobre o Tricolor de Aço. O Leão, por sua vez, não fica muito atrás: venceu seu adversário das oitavas de final da Copa do Brasil em seis oportunidades e entrará em campo com o objetivo de diminuir cada vez mais essa diferença. Os dois clubes também acumulam quatro empates na história do confronto.
A atual edição da Copa do Brasil marca a 12ª participação do Fortaleza na fase de oitavas de final da principal competição em formato mata-mata do futebol nacional. Nos últimos 18 anos, o Palmeiras balançou as redes do clube do Pici apenas duas vezes em seis confrontos disputados nem território cearense, pelo Campeonato Brasileiro.

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