Fortaleza se aproxima de criação de modelo inédito de SAF no futebol brasileiro

Apesar de não ser o caso do Fortaleza, nos últimos anos, as “SAF” passaram a se tornar cada vez mais comuns no Brasil. Para algumas das grandes equipes do país, a implementação deste modelo de gestão baseado em investimentos de Sociedade Anônima do Futebol surgiu como uma forma de arcar com dívidas e elevar seus orçamentos. Com o objetivo de competir no mais alto nível possível e se consolidar no mesmo patamar dos protagonistas do futebol nacional, o Leão está cada vez mais próximo da decisão que pode alterar o futuro do clube de forma definitiva.

Após o fim da votação que determinou o avanço do projeto da SAF do Fortaleza, no último sábado, 16, o Conselho Deliberativo do clube convocou sócios-proprietários e sócios-torcedores para participarem da Assembleia Geral Extraordinária que irá concretizar ou não o mais novo modelo de gestão do Tricolor do Pici para os próximos anos. A reunião decisiva está marcada para o próximo sábado, 23, às 8h30 (horário de Brasília), no Alcides Santos.

No Fortaleza, a SAF seria diferente dos projetos de Bahia, Vasco e Cruzeiro, que passaram a ter ‘donos’, ou sócios majoritários com oferta de orçamentos maiores ou quitação de dívidas. Entretanto, para ser implementado, uma decisão unânime é necessária em votação realizada entre sócios do Fortaleza, porém, aquilo que era apenas mais uma pauta distante dentro do clube está sendo consolidada cada vez nos bastidores do Leão.

SAF NO FORTALEZA

O Leão compreende que a adoção da SAF como modelo vigente seria fundamental para ampliar ainda mais a competitividade do clube diante de seus rivais da elite do futebol nacional. Caso venha se concretizar, outros percentuais podem ser negociados no futuro, mas dependem dos resultados da primeira experiência. O Presidente do Tricolor do Pici, Marcelo Paz, revelou detalhes sobre o projeto.

“O Fortaleza não tem intenção de vender controle, zero intenção. Mas o Fortaleza acha sim que pode virar uma SAF com controle de 100% das ações. Nós já tivemos sinalizações muito reais. No Fortaleza tem espaço para investimento minoritário, como existe, por exemplo, na Alemanha. O Bayern de Munique é um clube que 25% das suas ações são de empresas e os outros 75% ficam sob controle do clube”, declarou o mandatário do Fortaleza.