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RS - CAXIAS DO SUL - 10/05/2025 - BRAZILIAN A 2025, JUVENTUDE x FORTALEZA - Fortaleza player Bareiro celebrates his goal during the match against Juventude at the Alfredo Jaconi stadium for the Brazilian A 2025 championship. Photo: Luiz Erbes/AGIF (Photo by Luiz Erbes/AGIF/Sipa USA) - Photo by Icon Sport

Fortaleza 2025: o drama do Leão na luta contra o rebaixamento

A temporada de 2025 da Série A do Campeonato Brasileiro tem sido uma das mais difíceis dos últimos anos para o Fortaleza Esporte Clube. Depois de campanhas sólidas e presença constante em competições continentais, o time cearense enfrenta uma fase turbulenta que o colocou na parte mais baixa da tabela. Atualmente na 19ª posição, com um desempenho muito abaixo do esperado, o Leão do Pici tenta reencontrar o caminho das vitórias antes que seja tarde demais.

Com apenas 6 vitórias em 28 partidas, o Fortaleza soma 24 pontos e uma média de 0,86 ponto por jogo, uma das piores da competição. O time tem marcado 0,93 gol por partida, mas sofre 1,57, o que explica o saldo negativo de -18 e a dura realidade de um clube que luta para evitar o rebaixamento. Mesmo assim, o desempenho irregular do Leão do Pici desperta o interesse dos apostadores nas plataformas recém-lançadas que pagam bem, que frequentemente destacam os jogos do Fortaleza como oportunidades de valor em mercados de gols, escanteios e resultados ao vivo, devido à alta imprevisibilidade de suas partidas.

Um rendimento em queda livre

A estatística mais alarmante é o número de 16 derrotas em 28 rodadas, o que significa que o Fortaleza perdeu em mais da metade dos jogos disputados. O desempenho em casa, que sempre foi um dos trunfos do time, também despencou: no Castelão, o Leão venceu apenas 5 de 15 jogos, empatou 2 e perdeu 8. Isso equivale a um aproveitamento de 33% de vitórias e 1,13 ponto por partida.

Fora de casa, o cenário é ainda mais desastroso. O Fortaleza venceu apenas 1 vez em 13 partidas, somando 4 empates e 8 derrotas, com uma média de 0,54 ponto por jogo. A equipe marca apenas 0,69 gol por partida como visitante, precisando de 130 minutos para balançar as redes longe de casa, enquanto sofre 1,85 gol por jogo.

A perda de intensidade fora de casa e as falhas defensivas constantes são os grandes inimigos do time em 2025.


Problemas ofensivos que comprometem

O setor ofensivo tem sido um dos maiores desafios do Fortaleza nesta temporada. A equipe apresenta uma média de 0,93 gol por jogo, um número muito baixo para um time que, em anos anteriores, chegou a figurar entre os melhores ataques da Série A.

O ataque até consegue produzir chances — com xG médio de 1,43 por jogo —, mas a falta de precisão nas finalizações e a pouca efetividade nas bolas paradas explicam o baixo aproveitamento.

O artilheiro da equipe é Breno Lopes, com 4 gols, seguido de Juan Martín Lucero e Deyverson, ambos com 3 gols. Jogadores como Yago Pikachu e Lucca Pimenta têm 2 cada, mas nenhum deles conseguiu manter regularidade. No total, o Fortaleza marcou 26 gols em 28 partidas, sendo apenas 18 deles dentro de casa.

Outro dado preocupante é que o time não marcou em 43% dos jogos e foi o primeiro a marcar em apenas 29% das partidas — sinal claro de uma equipe que normalmente começa em desvantagem e luta o resto do jogo para reagir.


Defesa vulnerável e sem confiança

A defesa do Fortaleza também vive uma temporada para esquecer. O time sofre 1,57 gol por jogo, com um total de 44 gols sofridos até o momento. Em média, a equipe é vazada a cada 57 minutos, o que mostra uma linha defensiva exposta e pouco compacta.

Em casa, o desempenho defensivo é ligeiramente melhor, com 1,33 gol sofrido por partida e 33% de clean sheets, mas fora o número salta para 1,85 gol sofrido e apenas 15% de jogos sem levar gols.

A equipe cede gols tanto no primeiro quanto no segundo tempo — 0,75 no 1º tempo e 0,82 no 2º, mostrando vulnerabilidade constante. A zaga tem se mostrado irregular, e a falta de entrosamento entre os defensores agrava o problema.

Os dados também indicam que o Fortaleza concede mais de 1,5 gol em 46% dos jogos, um número muito alto para quem briga para permanecer na elite.


O meio-campo sem criatividade

O meio-campo é outro setor que tem sofrido. A transição ofensiva é lenta e previsível, e a equipe tem dificuldade em criar situações de perigo. Matheus Pereira, com 3 assistências, é o principal criador, seguido por Mário Sérgio Santos Costa e Eros Mancuso, ambos com 2.

Ainda assim, o volume de jogo é insuficiente para sustentar uma estratégia ofensiva eficiente. O time depende de lampejos individuais e bolas cruzadas para dentro da área, sem uma construção coletiva clara. Isso explica por que o Fortaleza tem uma média de apenas 21% de vitórias e 25% de jogos sem sofrer gols.


O fator psicológico e a reta final

Além dos problemas táticos, o aspecto mental também pesa. As cinco últimas partidas mostram um time sem confiança: 1 vitória e 4 derrotas, com média de apenas 0,86 ponto por jogo. Mesmo quando sai na frente, o Fortaleza tem dificuldades em manter a vantagem — sinal de um elenco que sente o peso da tabela e da pressão da torcida.

Os próximos confrontos serão decisivos: Quixadá (25/10), Ceará (06/11), Grêmio (09/11) e Bahia (19/11). Todos esses jogos terão impacto direto na briga contra o rebaixamento, especialmente os duelos contra Ceará e Bahia, adversários diretos na parte de baixo da tabela.

Estatísticas que ajudam a entender o momento

  • Vitórias: 21%
  • Empates: 21%
  • Derrotas: 57%
  • Gols marcados: 26
  • Gols sofridos: 44
  • Clean sheets: 7 em 28 jogos (25%)
  • Partidas com over 2.5 gols: 46%
  • Média de gols totais por jogo: 2,5

Esses números explicam por que o Fortaleza aparece entre os piores desempenhos da Série A em quase todos os quesitos.

A equipe precisa urgentemente ajustar o sistema defensivo e recuperar a confiança dos seus principais nomes ofensivos se quiser escapar do rebaixamento. A margem de erro é mínima.


O papel dos líderes e o espírito do Leão

Mesmo em um momento difícil, o Fortaleza conta com jogadores experientes que tentam manter o grupo unido. Breno Lopes e Pikachu são as vozes mais ativas dentro de campo, enquanto o técnico tenta reconstruir a moral do elenco.

A torcida, embora frustrada, segue apoiando. O Castelão ainda é uma fortaleza emocional, mesmo que os resultados não estejam aparecendo. É esse apoio que o time precisará canalizar nas rodadas finais.


Prognóstico e dicas de apostas

Do ponto de vista das apostas esportivas, o Fortaleza é um time que inspira cautela. Com média de 2,5 gols por jogo, o mercado de Over/Under tem sido um dos mais previsíveis. A tendência é de partidas com poucos gols marcados pelo Leão, mas com placares abertos por causa das falhas defensivas.

Em casa, o Under 2.5 costuma ser uma boa opção — em 67% das partidas no Castelão, houve dois gols ou menos. Fora de casa, a situação muda: o time costuma participar de partidas mais movimentadas, com 62% de jogos Over 2.5.

Outra aposta de valor é “Ambas as equipes marcam – Sim” quando o Fortaleza joga fora, dado que a equipe sofre muito, mas também tem conseguido marcar em 62% dos duelos longe de casa.

Para quem busca mercados alternativos, vale observar que o time marca mais no segundo tempo (0,46 gols em média) e sofre quase o mesmo número de gols nas duas etapas. Assim, o mercado de “Mais gols no segundo tempo” pode ser interessante em partidas equilibradas.

No mercado de marcadores, Breno Lopes surge como o nome mais confiável para apostar em “marcar a qualquer momento”, especialmente quando o Fortaleza joga no Castelão, onde tem melhor média de gols.

O Fortaleza vive uma temporada de reconstrução e sofrimento. As estatísticas mostram uma equipe com pouca eficiência ofensiva, fragilidade defensiva e grandes dificuldades fora de casa. Ainda assim, há tempo e potencial para reagir — desde que a equipe reencontre a confiança e melhore o equilíbrio entre ataque e defesa.

Os próximos jogos definirão o futuro do Leão na Série A. Se o time conseguir ajustar o sistema tático e aproveitar o apoio da torcida no Castelão, ainda poderá evitar o rebaixamento. Caso contrário, 2025 pode marcar o retorno do Fortaleza à Série B — um golpe duro para um clube que, até pouco tempo atrás, encantava o Brasil com seu futebol competitivo e corajoso.