Mozarzinho

Mozart Araújo Gomes, conhecido como Mozarzinho, jogava como o antigo termo “ponta de lança”. Conhecido por ser um dos maiores atacantes já produzidos pelo futebol cearense, Mozart iniciou a carreira na década de 50, seguindo os passos do irmão.

Quem foi Mozarzinho?

Mozarzinho jogou pelo Fortaleza atuando como o conhecido “ponta de lança” e, por muitas vezes também, ocupando o cargo de ponta-esquerda. Dessa forma, as pessoas que acompanharam sua carreira dizem que ele foi o maior jogador que já pisou nos gramados cearenses. Isso porque, seus dribles e arranques eram comparados aos de Maradona, e seus chutes eram precisos como os de Rivelino.

A trajetória

Mozart iniciou sua carreira no Gentilândia, no começo da década de 50, seguindo o mesmo destino do irmão Moésio Gomes. Quando tinha apenas 14 anos já chamava atenção de muitos por ter um corpo forte, firme, e que se destacaria dentro dos gramados. Além disso, nessa década, muitos pais não queriam que seus filhos seguissem a profissão de jogador de futebol. Contudo, a família Marinho seguiu um caminho diferente e, por manter uma paixão pelo esporte, incentivou a carreira de seus filhos – que seriam futuros jogadores. Por fim, segundo pesquisa realizada pelo escritor Saraiva, a vida do pai de Mozart e Moésio, o Coronel Mozart, também era voltada para o Fortaleza Esporte Clube. Desse modo, o coronel foi parte fundamental no clube, chegando a vender os próprios móveis para ajudar o clube.

A história

Mozart Gomes – que teve uma carreira conturbada no futebol -, passou sua infância na Gentilândia, um bairro conhecido pelo estádio Presidente Vargas. Nasceu no ano de 1939, em uma família que já tinha gosto por futebol e torcia para o tricolor de Fortaleza. A casa onde morava era a própria sede do clube. Na época em que começou jogar no time de base o técnico era seu tio e seu irmão mais velho era o capitão. Seu destino não podia ser outro: vermelho, azul e branco. Mozarzinho foi alvo de muitas cobranças, sempre correspondendo a todas as expectativas e realizando o sonho de se tornar a estrela do time com apenas 16 anos, no ano de 1955.

Depois disso, o cearense ficou pequeno para o talento do menino. Assim Marzinho deixou o time, e de 1957 a 1961, passou por Náutico, XV de Jaú e Comercial de Ribeirão Preto. Todavia, Mazinho não alcançou o seu tão sonhado sucesso nacional graças ao seu extracampo: álcool, mulheres e a incansável luta contra a obesidade. No ano de 2009, aos 70 anos, Mozart veio a falecer vítima de complicações causadas por um câncer nos rins.

Títulos

Enfim, com muito talento nos gramados, Morarzinho foi vice-campeão brasileiro em 1968, e tricampeão cearense (1964, 1965 e 1969).