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OPINIÃO: O jogo além da festa

Foto: Leonardo Moreira.

A festa na arquibancada ajuda o time dentro de campo, mas nem sempre é sinônimo de vitória garantida. Para quem vai hoje ao Castelão para festejar, precisa entender que existe um jogo difícil e traiçoeiro antes. A partida se torna perigosa não por se tratar de um gigante do futebol sul-americano do outro lado, mas pelo fato de que o Fortaleza ainda não está pronto. Existem dúvidas na equipe titular e até mesmo em formações na cabeça do torcedor. Tinga ou Dudu? Quais atacantes devem entrar em campo? Crispim merece a titularidade?

Esses questionamento estão longe de ter uma resposta simples. O Tricolor do Pici teve quatro testes contra times de Série B, ganhou dois e perdeu dois. Nas partidas que exigiram maior intensidade, disciplina e concentração até o presente momento da temporada, o Fortaleza falhou.

Em jogos de alta tensão, como contra o Deportivo Maldonado, é preciso entregar o máximo em todos os pontos de vista, seja tático, físico, psicológico ou técnico. Juan Pablo Vojvoda precisa ser perfeito em sua escalação. Todos os jogadores precisam entrar nas disputas de bola como se fossem as últimas de suas vidas e a torcida também precisa apoiar o time assim desde o apito inicial.

O Fortaleza é, pela primeira vez em sua história, favorito em uma partida de Libertadores. No entanto, favoritos normalmente caem quando tomam para si esse favoritismo como verdade absoluta e não entram em campo com aquilo que é necessário para um jogo de futebol de alto nível e intensidade. A festa não vai fazer o Leão ganhar seu confronto, porém, se a classificação vier, vai ser digna da maior competição de clubes de futebol da América do Sul.

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