Os dias passam e vai ficando perto a tão esperada decisão: a partida que pode nos dar um pentacampeonato histórico. Em um momento como esse, é difícil controlar a ansiedade. É uma oportunidade rara de acontecer: em mais de 100 anos, só tivemos outra chance, em 2011. Em um contexto bem menos favorável que o de hoje, além do mais.
Hoje vivemos em outra conjuntura, é fato. O Fortaleza cresceu bastante nos últimos anos e galgou posições de destaque nacional e internacionalmente. Estamos na nossa quarta competição continental em um período de poucos anos. Feitos enormes para quem um dia teve como o maior sonho sair da Série C. E isso não é demérito, é símbolo de reconstrução.
Diante disso, muitos torcedores passam a valorizar menos o Estadual. Falam que o Tricolor se tornou muito grande para se preocupar com o chamado “Manjadinho”. Que o foco deve ser em títulos maiores. Eu respeito essas opiniões, mas discordo. Conquistar um pentacampeonato cearense, além de especial para a torcida e incrível para o tempero da rivalidade local, é histórico.
Para crescermos e quebrarmos fronteiras cada vez mais, não precisamos esquecer nossas origens. Não é porque hoje ocupamos uma posição de mais prestígio no futebol brasileiro que conquistar uma hegemonia no nosso estado deixa de ser importante. Como já disse Tolstói: “Canta a tua aldeia e serás universal”.
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