OPINIÃO: É hora de juntar os cacos, ter humildade e corrigir os erros

A torcida do Fortaleza sofreu um duro golpe na noite da última quarta-feira (29/3): perdeu mais um Clássico-Rei no ano. Dessa vez, por 3 a 2, culminando na eliminação do time na semifinal da Copa do Nordeste. Derrota dolorosa, mas não há tempo para senti-la. Sábado já tem mais uma decisão contra o Ceará, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Cearense. É preciso analisar o porquê das derrotas e juntar os cacos para corrigir os erros, com humildade.

Sabe-se que clássico é um jogo diferente dos demais. A atmosfera é outra. Ainda que os times estejam em patamares diferentes, existe a mística e o tempero da rivalidade e isso não pode ser ignorado. Não é um jogo comum e jamais será, seja para o bem ou para o mal, dependendo da ocasião.

Entretanto, deve-se buscar entender o que justifica um time perder para outro que conta com uma folha salarial três vezes menor por consecutivas vezes. É uma questão multifatorial: existem as dimensões psicológica, comportamental e, sobretudo, tática.

Nos três últimos dérbis, o roteiro foi parecido: o rival entrou mais concentrado e definiu as partidas ainda no primeiro tempo. Isso ocorreu, sobretudo, por uma fragilidade no lado esquerdo do Fortaleza. Bruno Pacheco, Sammuel e Lucas Crispim não deram segurança ao setor e o problema tem sido recorrente.

É um contexto difícil, pela proximidade das próximas decisões. Porém, Juan Pablo Vojvoda já provou, em outras oportunidades, que tem inteligência para encontrar soluções nos momentos mais adversos. Perdemos uma batalha, foi duro, mas cabe a nós levantar a cabeça com humildade e reverter a situação.