O Fortaleza pode, enfim, ter encontrado a receita ideal para o meio-campo arquitetado pelo treinador argentino Juan Pablo Vojvoda. Depois de algumas temporadas à procura de uma fórmula eficiente e dinâmica, com uma rotatividade considerável e inúmeros testes com jogadores diferentes, pelo visto, as peças que precisavam encaixar, encaixaram.
Em um esquema tático de três zagueiros, comumente utilizado pelo “professor” tricolor, o meio-campo é a engrenagem que faz com que os setores de defesa e ataque funcionem como devem. Embora o Fortaleza conte com muitos volantes em seu elenco, uma unanimidade, aos poucos, começa a se formar, mesmo que manter jogadores na titularidade por muitas partidas não faça o estilo de Vojvoda.
Caio Alexandre vem mostrando um bom futebol desde a sua última temporada no clube. Além de parecer um jogador que veste a camisa de verdade e se entrega em campo, individualmente e taticamente, suas performances pelo Tricolor do Pici justificam sua titularidade. Com futebol dinâmico, desde o suporte necessário à zaga para sair jogando, a versatilidade de uma virada de jogo com passes longos precisos e até mesmo aparecendo no ataque para dar apoio. Seu estilo de jogo se assemelha muito ao companheiro de posição, Lucas Sasha.
Hércules e Sammuel, pratas da casa, aparecem como opções mais jovens e demonstram bastante recursos que antes faltavam ao Fortaleza. Hércules propõe um jogo mais alto de marcação e passes mais ousados nas saídas de jogo. O volante também se posiciona muito bem ofensivamente, oferecendo opções de jogadas na entrada da grande área que podem resultar assistências ou finalizações perigosas. Sammuel, por sua vez, é o clássico “camisa 10” criador. Com uma visão periférica, o meia já se apresentou muito bem dentro de campo, distribuindo bons passes e criando espaços na área adversária. O futuro do Leão é brilhante!
Por último, mas não menos importante, o argentino Tomás Pochettino já começou a se soltar e mostrar mais de suas qualidades e recursos. Atuando como um meia mais avançado e centralizado, o jogador serve como “âncora” para os pontas e atacantes de área. Como já fazia pelo River Plate e Talleres, utiliza infiltrações inteligentes nas costas da defesa e cria espaço pelas pontas do campo com o famoso “one-two“. Além disso, também se apresenta bastante para a construção das jogadas, o que faz com que as opções de jogo do Fortaleza se multipliquem quando todas as forças se unem como um todo. A expectativa é por mais uma grande temporada do Tricolor de Aço!
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