OPINIÃO: A joia venezuelana do Fortaleza

A noite da última quarta-feira, 15, marcou mais um capítulo inédito da história do Fortaleza em competições internacionais. Em um dos campos mais difíceis de se jogar no futebol mundial, o Leão de Juan Pablo Vojvoda não somente arrancou o empate em La Bombonera e se manteve na liderança do Grupo D da Sul-Americana, como também mostrou toda a sua garra diante do todo poderoso Boca Juniors.

O protagonismo do camisa 77 do Fortaleza

Completamente dominado pelo Boca Juniors na Bombonera, Vojvoda, que não tinha mais nada a perder depois de presenciar Cavani abrir o placar da partida, apostou nas entradas de Marinho e Kervin Andrade para buscar o empate fora de casa e ambos corresponderam, principalmente o camisa 77. O meia venezuelano iniciou a jogada do gol do Fortaleza com um passe magistral à frente da grande área tricolor e percorreu todo o campo para balançar as redes do goleiro Romero.

Para além do resultado final e da performance decisiva de “Tuti” Andrade, o jovem meio-campista segue pedindo passagem no Fortaleza. Destaque da equipe tricolor no início da temporada, não há mais nada além de sua idade que justifique a baixa minutagem de Kervin sob o comando do treinador argentino. E, mesmo com apenas 19 anos, o venezuelano já está se provando mais útil do que outros atletas do elenco do Leão com muito mais oportunidades e experiência profissional.

O talento de Kervin é tamanho que o meia deve acirrar cada vez mais a disputa pela titularidade com Pochettino, que vive sua melhor fase desde que chegou ao Pici, e Calebe, que apesar de também já ter comprovado sua qualidade técnica, segue sofrendo com problemas físicos em sua passagem pelo Fortaleza. Dito isso, uma coisa é certa: independente de quem acabe cravando seu nome nas escalações de Vojvoda, apenas o Leão tem a ganhar.

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