Vítima de um novo caso de racismo na Europa, Vinícius Júnior recebeu apoio da CBF e de diversos clubes brasileiros e o Fortaleza não foi exceção. Após mais um episódio lamentável no Campeonato Espanhol, o clube do Pici saiu em defesa do craque do Real Madrid e declarou de forma oficial o seu repúdio aos atos covardes e criminosos contra o jogador de 22 anos.
Por meio de publicação realizada em suas redes sociais, o Fortaleza assumiu sua revolta junto à sua torcida diante de mais uma série de ataques racistas a Vinícius Júnior. O Leão ainda demostrou todo o seu apoio ao astro brasileiro ao pedir que o atacante siga representando o país e “baile” contra o racismo.
O Ministério da Igualdade Racial, MIR, anunciou no último domingo, 21, que as autoridades da Espanha serão acionadas para que as devidas providências sejam tomadas com o objetivo de condenar os frequentes atos de racismo contra o principal jogador brasileiro em atividade no futebol europeu.
“Repudiamos mais uma agressão racista contra o Vini Júnior. Notificaremos as autoridades espanholas e a La Liga. O Governo Brasileiro não tolerará racismo nem aqui e nem fora do Brasil. Trabalhamos para que todo atleta brasileiro negro possa exercer o esporte sem passar por violências”, declarou o MIR.
Durante a derrota do Real Madrid para o Valencia, Vini foi atacado por insultos racistas e gritos de “macaco” de milhares de torcedores presentes nas arquibancadas do estádio de Mestalla, na Espanha. A partida foi paralisada por cerca de oito minutos, mas, atingido psicologicamente, o craque brasileiro acabou expulso depois de se envolver em confusão generalizada, chegando até mesmo a ser enforcado por um jogador adversário antes de sair de campo.
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Apesar de não ser o caso do Fortaleza, nos últimos anos, tornou-se comum o termo “SAF” no futebol brasileiro. Para alguns grandes clubes do futebol nacional, a adoção deste modelo de gestão baseado em investimentos de Sociedade Anônima do Futebol surgiu como uma forma de arcar com dívidas e elevar seus orçamentos.
No entanto, a equipe de gestão do Fortaleza planeja desenvolver um modelo inédito de SAF no futebol brasileiro: mantendo o controle do clube. O projeto consiste numa possível venda de, no máximo, 15% das ações do clube e surgiria como uma proposta moderna e inovadora. O Leão já recebeu propostas do exterior e os números chegaram a cerca de R$ 50 milhões pelo percentual à venda.
O Fortaleza compreende que a adoção da SAF como modelo vigente seria fundamental para ampliar ainda mais a competitividade do clube diante de seus rivais da elite do futebol nacional. Caso venha se concretizar, outros percentuais podem ser negociados no futuro, mas dependem dos resultados da primeira experiência.
No Fortaleza, a SAF seria diferente dos projetos de Bahia, Vasco e Cruzeiro, que passaram a ter ‘donos’, ou sócios majoritários com oferta de orçamentos maiores ou quitação de dívidas. Contudo, para ser implementado, é preciso de uma decisão unânime em votação realizada entre sócios do clube. Até então, a implementação do novo sistema é apenas uma possibilidade a ser avaliada pela Diretoria Executiva do Tricolor de Aço.
VOCÊ VIU? Destaque do Fortaleza, Lucero “bate de frente” com Colo-Colo após ter sido processado por ex-clube
Depois de muita especulação e polêmica, o Fortaleza conseguiu anunciar o seu novo camisa 9 para 2023: “El Gato” Juan Martín Lucero. No entanto, não foi nada fácil. Durante as negociações pelo atleta, o clube do Pici acabou se envolvendo em enorme controvérsia com um dos gigantes do futebol sul-americano, o Colo-Colo. A equipe chilena alegou irregularidades na abordagem do Leão e levou o caso para a justiça. Desde então, uma verdadeira novela se iniciou e sem previsão de um desfecho.
De acordo com informações iniciais do veículo de informação chileno En Cancha, após ser acionado na Fifa pelo Colo-Colo, o atacante do Fortaleza argumentou junto de seus advogados que a cláusula presente no contrato poderia ser considerada como uma espécie de “multa rescisória”. Segundo a defesa de Lucero, o clube chileno recebeu uma quantia de 1 milhão de dólares pela sua saída.
De acordo com os advogados do jogador do Fortaleza, o Colo-Colo foi informado por Lucero de que a cláusula contratual seria acionada no dia 3 de janeiro. O pagamento de R$ 5 milhões foi efetuado nove dias depois, porém, a equipe do Chile apenas negou o direito do atleta de rescindir o seu vínculo, mesmo após receber a quantia milionária.
O Colo-Colo entrou em contato com a FIFA para iniciar o processo contra Lucero e Fortaleza, exigindo uma multa de mais de U$ 2,1 milhões, cerca de R$ 10 milhões. Além disso, solicitou uma sanção desportiva com o objetivo de proibir “El Gato” de entrar em campo pelo Leão por até seis meses.
Contra o Fortaleza, o Colo-Colo busca uma punição por meio de “transfer-ban“, o que significaria que o clube do Pici estaria impedido de contratar novos jogadores por, no mínimo, três anos. A FIFA ainda não deu continuidade à denúncia e nem sequer se pronunciou sobre a situação. A estimativa é que o caso seja encerrado apenas em dezembro de 2024.
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