Sou Fortaleza

OPINIÃO: A tarde mágica que não acabou

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Foto: Thiago Gadelha/SVM.

Quando Janderson fez o segundo gol do Ceará na final do Campeonato Cearense do último sábado (08/03), toda a nação Tricolor mergulhou em estado de inação. Aquele momento em que parece que o sonho findou. O time falhou em seu objetivo e a torcida vai ter que superar o trauma de algo que não se conquistou.

O Fortaleza, contrariando a lógica do destino, deixou cada leonino orgulhoso do manto que veste. Fez valer a vibração de suas cores e se mostrou vivo quando todos o tinham como morto. Empatou a partida e foi pentacampeão, uma conquista sonhada de geração em geração. Um feito inquestionável, com todos os ingredientes de algo histórico: emoção, intensidade, resiliência e, sobretudo, magia.

Este que vos escreve cresceu ouvindo falar e lendo a respeito de ídolos históricos do Tricolor de Aço: Geraldino Saravá, Croinha, Amilton Melo, Lulinha, Louro, Bececê, Pedro Basílio e tantos outros. Cada um com sua trajetória marcada no nosso mural memorialístico. Às vezes, quando se estuda o passado do futebol, pensar em ídolos parece algo distante, quase inalcançável. O torcedor do Fortaleza que vive o hoje, por sua vez, vê a história ser feita na sua frente a cada dia nos últimos anos.

É verdade que o penta não é nossa maior conquista, pois levantamos uma Série B, duas Copas do Nordeste e nos classificamos para duas Libertadores seguidas. Não é pouca coisa para quem escutava que ia “morrer na Série C” alguns anos atrás. Porém, do ponto de vista da emoção do torcedor, nada se iguala ao que foi sentido quando Calebe mandou a bola para o fundo das redes do rival.

No último final de semana, vimos outros personagens entrarem para aquilo que chamamos de história. Os jogadores que garantiram um pentacampeonato vivo no imaginário popular se eternizaram na mente de cada torcedor tricolor. Não são apenas nomes ou dados frios, mas lembranças de uma tarde mágica que não acabou. E nem nunca vai acabar, para quem a viveu.

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